Protesto terminou em confronto em frente ao Palácio Guanabara.
Com medo, alguns comerciantes fecharam as portas.
Ruas da Zona Sul do Rio amanheceram esta terça-feira (13) com vestígios da depredação promovida por um grupo de manifestantes no final da noite de segunda-feira (12). O protesto, que começou no Centro do Rio, terminou em confronto entre manifestantes e policiais em frente ao Palácio Guanabara, em Laranjeiras. Nesta manhã é possível ver pontos de ônibus, placas de sinalização e portas de agências bancárias destruídas.
A manifestação começou na Igreja da Candelária, no Centro, seguiu pela Avenida Rio Branco, Cinelândia até o Palácio Guanabara. Com medo, alguns comerciantes fecharam as portas. O vice-governador Luiz Fernando Pezão estava reunido com representantes do Sindicato dos Professores. Após o encontro, um grupo disse que iria permanecer dentro do palácio, se recusando a sair, e foi expulso pela Polícia Militar e seguranças.
Para a aposentada Olinda Rodrigues, de 86 anos, a atitude dos manifestantes é uma vergonha. "Eu sou a favor sim dos protestos, mas daí a destruir e depredar patrimônios usados pelo povo não. Isso é coisa de baderneiros e a gente que paga. Isso é um absurdo", disse a moradora do bairro.
A auxiliar de serviços gerais, Neide Oliveira, de 53 anos, trabalha em Laranjeiras há cinco anos e acha uma falta de respeito a destruição. "Todo mundo tem direito de lutar pelo que quer, mas sem quebrar nada. Isso é uma falta de respeito muito grande", afirmou.
Protesto começou pacífico
A caminhada começou pacífica da Candelária, no Centro, até o Palácio Guanabara, em Laranjeiras, na Zona Sul. Uma confusão começou na porta da sede do governo, onde representantes do Sindicato Estadual dos Profissionais da Educação (Sepe) do estado e do município e se reuniram com o vice-governador Luiz Fernando Pezão e o subsecretário de Educação, Antonio Neto. Após o encontro, um grupo disse que iria permanecer dentro do palácio, se recusando a sair, e foi expulso pela Polícia Militar e seguranças. Os docentes reclamam da truculência dos agentes oficiais.
A caminhada começou pacífica da Candelária, no Centro, até o Palácio Guanabara, em Laranjeiras, na Zona Sul. Uma confusão começou na porta da sede do governo, onde representantes do Sindicato Estadual dos Profissionais da Educação (Sepe) do estado e do município e se reuniram com o vice-governador Luiz Fernando Pezão e o subsecretário de Educação, Antonio Neto. Após o encontro, um grupo disse que iria permanecer dentro do palácio, se recusando a sair, e foi expulso pela Polícia Militar e seguranças. Os docentes reclamam da truculência dos agentes oficiais.
A confusão foi ainda pior do lado de fora. Os ânimos se exaltaram com a saída dos professores do palácio e, na Rua Pinheiro Machado, manifestantes derrubaram as grades de proteção do prédio. A PM respondeu usando spray de pimenta, balas de borracha e bombas de gás lacrimogêneo. Os manifestantes responderam com bombas caseiras e pedras. Pelo menos um PM e um jornalista ficaram feridos, atingidos por pedradas. Vários manifestantes foram atendidos por médicos voluntários. Pelo menos duas pessoas foram detidas.
O Sepe nega que o sindicato tenha decidido ocupar a casa, e diz que alguns professores que estavam lá resolveram permanecer por conta própria, sem discussão com representantes da classe. Heloísa Grifo, professora do município e do estado contou ao G1 que estava na reunião marcada pelo vice-governador Pezão e que nenhuma reivindicação foi atendida. "Nunca houve intenção por parte dos professores a ocupação do Palácio Guanabara. Os policiais acusaram os professores de terem chamado a passeata, o que não aconteceu. Fomos retirados com força do palácio. Uma professora torceu o pé”, contou.
Por meio de nota, o governo disse que parte do grupo decidiu ocupar o palácio. “Irredutíveis, foram retirados do local pela segurança”, disse a nota, criticando o confronto fora da casa. “Esses grupos não estão interessados no diálogo e na democracia. Apenas apostam no caos”.
Com a dispersão do protesto em frente ao Palácio Guanabara, cerca de 100 manifestantes voltaram a Câmara Municipal. Dentro da Casa, 12 pessoas prometem dormir no local para pressionar a saída do presidente da CPI dos Ônibus, Chiquinho Brazão (PMDB).
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